domingo, 20 de setembro de 2009
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Papelaria Fernandes "O fim do meu trajecto"
Caros Colegas e amigos,
Vou fazer 56 anos (nascido 13 de Novembro de 1953). Tinha 16 quando cheguei à Papelaria Fernandes (PF).
Nascido e criado perto da loja do Rato nº13 em Lisboa, na Rua de São Bento, quando andava na escola fugia frequentemente de minha casa. Os meus pais já sabiam onde me encontrar. Lá estava eu, encantado com os livros escolares, os cadernos, a tabuada Ratinho, os lápis e as borrachas. Tudo na loja me parecia um sonho. Era como se fosse uma casa encantada, num mundo, para mim, ainda sem TV.
Um dia fui inscrever-me na secção de Pessoal e lá acabei por ser chamado para trabalhar.
Começava-se então muito cedo. Tinha acabado a 4ª classe, era tempo de liceu e, nas férias, com cerca de 12 anos, comecei por fazer algumas coisas nos escritórios da sede.
Quatro anos depois, fui trabalhar a tempo inteiro para as “oficinas”, na secção de encadernação.
Mais tarde, transitei para a secção chamada de Província (lugar onde se tratava as encomendas/vendas das áreas de fora de Lisboa), depois secção de vendas, onde me sentava a uma secretária, um trabalho já mais interessante.
Quando a PF tomou a empresa SLA (Sociedade Luso-Açoreana) desafiaram-me para integrar os seus quadros como vendedor. Quando esta foi extinta, voltei à PF, no mesmo papel.
Haverá cerca de 14 anos, fui convidado para trabalhar na Distribuição Moderna, área de negócios então chamada de “Grandes Superfícies”. O que fiz desde então, até.
Nestes 40 anos convivi com muitos colegas. Quase todos me ajudaram muito como homem. Com todos aprendi. Muitos saíram da PF, outros já não vivem. Todos recordo. A todos agradeço.
Convivi com muitos Administradores da PF. A todos, muito agradeço tanbém.
Agora que chega ao fim este meu trajecto, quero desejar que a PF continue a proporcionar razões de encanto e de sonho aos meninos deste país, mas também aos seus pais, aos estudantes e a todos os que precisam deste serviço público, que durante 40 anos também eu ajudei a prestar.
Que viva pois a Papelaria Fernandes por muitos anos e que consiga reencontrar o sucesso que por várias gerações foi tendo.
Obrigado.
Aires Esteves
Vou fazer 56 anos (nascido 13 de Novembro de 1953). Tinha 16 quando cheguei à Papelaria Fernandes (PF).
Nascido e criado perto da loja do Rato nº13 em Lisboa, na Rua de São Bento, quando andava na escola fugia frequentemente de minha casa. Os meus pais já sabiam onde me encontrar. Lá estava eu, encantado com os livros escolares, os cadernos, a tabuada Ratinho, os lápis e as borrachas. Tudo na loja me parecia um sonho. Era como se fosse uma casa encantada, num mundo, para mim, ainda sem TV.
Um dia fui inscrever-me na secção de Pessoal e lá acabei por ser chamado para trabalhar.
Começava-se então muito cedo. Tinha acabado a 4ª classe, era tempo de liceu e, nas férias, com cerca de 12 anos, comecei por fazer algumas coisas nos escritórios da sede.
Quatro anos depois, fui trabalhar a tempo inteiro para as “oficinas”, na secção de encadernação.
Mais tarde, transitei para a secção chamada de Província (lugar onde se tratava as encomendas/vendas das áreas de fora de Lisboa), depois secção de vendas, onde me sentava a uma secretária, um trabalho já mais interessante.
Quando a PF tomou a empresa SLA (Sociedade Luso-Açoreana) desafiaram-me para integrar os seus quadros como vendedor. Quando esta foi extinta, voltei à PF, no mesmo papel.
Haverá cerca de 14 anos, fui convidado para trabalhar na Distribuição Moderna, área de negócios então chamada de “Grandes Superfícies”. O que fiz desde então, até.
Nestes 40 anos convivi com muitos colegas. Quase todos me ajudaram muito como homem. Com todos aprendi. Muitos saíram da PF, outros já não vivem. Todos recordo. A todos agradeço.
Convivi com muitos Administradores da PF. A todos, muito agradeço tanbém.
Agora que chega ao fim este meu trajecto, quero desejar que a PF continue a proporcionar razões de encanto e de sonho aos meninos deste país, mas também aos seus pais, aos estudantes e a todos os que precisam deste serviço público, que durante 40 anos também eu ajudei a prestar.
Que viva pois a Papelaria Fernandes por muitos anos e que consiga reencontrar o sucesso que por várias gerações foi tendo.
Obrigado.
Aires Esteves
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
O poema
Estou olhando os frutos repousados
e as pequenas sombras alongadas
sobre a mesa de madeira e pedra.
A brisa entra por uma porta antiga
Uma pétala branca cai de uma flor branca.
Sou, mais do que sou, estou
na perfeição das coisas que me envolvem.
Repouso na sinuosa exactidão.
Do poeta António Ramos Rosa
http://www.astormentas.com
e as pequenas sombras alongadas
sobre a mesa de madeira e pedra.
A brisa entra por uma porta antiga
Uma pétala branca cai de uma flor branca.
Sou, mais do que sou, estou
na perfeição das coisas que me envolvem.
Repouso na sinuosa exactidão.
Do poeta António Ramos Rosa
http://www.astormentas.com
Vamos aguardar!
"Um agrupamento de investidores vai avançar este mês com uma proposta para o salvamento do negócio de retalho da Papelaria Fernandes.
Os investidores irão ficar com o negócio de exploração da Papelaria Fernandes, com opção de compra, por um período de até 20 anos, através do pagamento de uma renda indexada ao volume de negócios, a qual será destinada aos pagamentos aos credores, noticia a Lusa citando o plano de recuperação, ao qual a agência teve acesso.
A mesma fonte precisa que os detalhes da proposta serão apresentados já em Setembro, não tendo o administrador da insolvência da empresa, Carlos Cintra Torres, identificado quais são os investidores que estão interessados nos negócios de retalho da Papelaria Fernandes.
Carlos Torres nota, no plano entregue, que os pagamentos aos credores serão efectuados ao longo de 21 anos, com um ano de carência, com excepção dos créditos aos trabalhadores e outros com um valor inferior a dois mil euros, que serão pagos dentro de três anos.
Para o administrador da insolvência, os pressupostos do plano “parece válidos”, mas este terá primeiro que ser votado e aceite pelos credores.
O maior credor da Papelaria Fernandes é o BCP, com créditos no montante de 62 milhões de euros, dependendo assim da instituição liderada por Carlos Santos Ferreira a aprovação do plano."
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